Programação
Palestra 1: Tecnologias para a Industria 4.0: impactos na manufatura distribuída.
Palestrante: Luiz Fernando C. S. Durão.
Instituição: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP).
Mini currículo
Pesquisador no Inovalab@Poli da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, pesquisador visitante na Technische Universitat Darmstadt (Alemanha), trabalha com manufatura avançada e desenvolvimento de produtos utilizando o design thinking. Participa em diferentes projetos de manufatura aditiva, manufatura distribuída e fabricas de ensino. Possui experiência de trabalho na área financeira e na indústria de óleo e gás. Participou da equipe brasileira na disciplina ME310: Design Innovation em parceria com a Universidade de Stanford e uma empresa brasileira do setor aeronáutico. É monitor da disciplina 0303410: Desenvolvimento Integrado de Produto da Universidade de São Paulo e de disciplinas internacionais de desenvolvimento de produtos em parceria com a Aalto Design Factory (Finlândia) e a Trinity College Dublin (Irlanda). Engenheiro de Produção (2014) e estudante de mestrado em engenharia de produção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Resumo
A Industria 4.0, a partir da associação de tecnologias modernas de Internet e de processos de manufatura avançada, possibilita a manufatura distribuída com base na integração de maquinas e de processos. No entanto, a manufatura distribuída impõe desafios quanto à padronização, ao controle de qualidade e a gestão da informação em diferentes locais de fabricação. Para entender como as tecnologias de comunicação da Industria 4.0 impactam os processos industriais, quatro cenários de manufatura foram implementados. O design e engenharia que gerou o modelo de produto foram desenvolvidos na Alemanha (Technische Universität Darmstadt), enquanto que o sitio de manufatura, a infraestrutura produtiva e as maquinas são localizados no Brasil (Escola Politécnica da USP e Universidade Metodista de Piracicaba), formando uma rede de manufatura distribuída. Os resultados mostram que a conexão, comunicação e controle trazidos por tecnologias de manufatura avançada e um ambiente industrial conectado à manufatura distribuída alteram a estrutura dos sítios de produção, além de proporcionar novos processos industriais.
Palestra 2: Desenvolvendo hardware para IoT.
Palestrante: Victor Fragoso Ferreira da Silva.
Instituição: Universidade Federal do ABC (UFABC).
Mini currículo
Estudante de Ciência da Computação na Universidade Federal do ABC, Colaborador de Startups e Makers na Campus Party Brasil, ex-Coordenador do Festival Latino Americano de Software Livre e fundador do WikiLab. Atualmente trabalha no setor de engenharia da Avnet, uma das maiores distribuidoras de componentes eletrônicos do mundo. Sua atuação tem sido focada no desenvolvimento de projetos relacionados a IoT, hoje conhecida como “Internet das Coisas”, em aplicações como sensoriamento inteligente de ambientes, smart cities, smart grid e indústria 4.0. Também trabalha no desenvolvimento de projetos de Linux embarcado, assim como sua integração em serviços de nuvem como IBM Bluemix, Amazon AWS, Microsoft Azure e Google Cloud.
Resumo
“Tive uma ideia para um projeto que envolve IoT. Por onde começo e como transformo ele em um produto?” A “Internet das Coisas” vem sendo um tema muito abordado ultimamente e a cada dia surgem produtos e ideias novas que utilizam esse conceito. Lâmpadas, ar condicionados, geladeiras e até maquinas de fazer suco, cada dia estamos começando a conviver com objetos mais inteligentes e esse parece ser uma das grandes promessas da tecnologia daqui pra frente. Com tanta interação e troca de informações que temos hoje em dia, muitas ideias vem surgindo, mas nunca saem do papel, então como podemos torna-las realidade? A principal proposta deste trabalho é fazer uma abordagem geral de como funciona o processo de desenvolvimento de um produto que possa ser aplicado com o conceito de IoT. Isto inclui: ideia, design, prototipagem, construção e os suportes oferecidos após a venda do produto.
Palestra 3: Estudo da viabilidade da implementação de ferramentas tecnológicas na Cadeia Têxtil e de Confecção.
Palestrante: Adriana Yumi Sato Duarte.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Mini currículo
Pesquisadora do Laboratório de Sistemas Integrados (LabSIn) da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, nas áreas de metodologia de projeto de produto, desenvolvimento de produto têxtil e Industria 4.0 na Cadeia Têxtil e de Confecção. Graduada em Têxtil e Moda na Universidade de São Paulo (USP), Mestra e Doutora com período sanduiche na Universidade Técnica de Darmstadt (Alemanha) pela Universidade Estadual de Campinas.
Resumo
O objetivo principal deste trabalho foi propor um modelo para monitoramento e previsão tecnológico de um conjunto de processos produtivos da Cadeia Têxtil e de Confecção. O modelo foi construído a partir do desdobramento funcional de quatro sistemas (Obtenção de Matéria-prima, Fiação, Malharia e Confecção) para produção de camisetas 100% algodão, com a determinação de funções e subfunções para cada sistema em conjunto com descrição dos fluxos de entrada e saída relacionados a material, energia e informação. O monitoramento tecnológico teve como base documentos obtidos em bancos de patentes, abrangendo patentes brasileiras e estrangeiras. A previsão tecnológica foi realizada com informações históricas e modelagem teórica das tendências. Como resultados, obteve-se uma visão clara sobre os sistemas e a interdependência entre todos os componentes e fluxos. A partir do monitoramento tecnológico, foi possível inferir que a novidade conceitual e a complexidade de configuração dos componentes dos sistemas encontram-se em um processo evolutivo, em que há automação de partes das maquinas e processos. Os elementos com maiores níveis de novidade conceitual e complexidade de configuração são complementares à produção têxtil, estando relacionados ao transporte e logística. Para atingir um nível mais alto de novidade conceitual e complexidade de configuração, se faz necessário incorporar as maquinas e aos produtos elementos como QR Codes, etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID), possibilitar a troca de informações em tempo real do status da produção com o uso da Internet das Coisas e dos Sistemas Cíber-Físicos.
Mesa redonda
Participantes: Luiz Fernando C. S. Durão (EPUSP), Victor Fragoso Ferreira da Silva (UFABC) e Adriana Yumi Sato Duarte (UNICAMP).
Mediador: Renato Lewenthal Carrião (EESC-USP).
Mini currículo
Renato Lewenthal Carrião é aluno regular do curso de Mestrado, no programa Engenharia de Produção, área de concentração Processos e Gestão de Operações, Escola de Engenharia de São Carlos, USP, desde marco de 2016 sob a orientação do Prof. Dr. Henrique Rozenfeld e proposta de pesquisa “Método de configuração de soluções de IoT que apoiem processos de negocio para operação de PSS”. Possui Graduação em Engenharia Elétrica (modalidade eletrônica), na Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo (USP), Brasil, período de 1977-1981, com bolsa de Iniciação Cientifica do CNPq – Cavidades Ressonantes e Ópticas – realizada durante a graduação. Concluiu toda a carga horaria (CH) do curso de Mestrado em Engenharia Elétrica (Comunicações) com coeficiente de rendimento de 3,92 (faixa de 0 a 4), na Universidade de Campinas (UNICAMP), Brasil, período de 1982-1983, com bolsa de mestrado da CAPES – Alinhamento por Rebatimento: um método de busca e manutenção de sincronismo de um trem de pulsos de 34 Mbits/seg – e bolsa de complementação pelo CPqD da Telebrás (a matricula foi trancada sem defesa de tese). Experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Engenharia do Produto. Em especial no processo de criação, desenvolvimento e gestão de produtos de Tecnologia da Informação (TI) e Telecomunicações, ofertados ao mercado em formato de serviços. Durante os últimos 7 anos foi o responsável pelo desenvolvimento de novos produtos e gestão do portfolio de oferta, da Diretoria de Mercado de Telecomunicações da empresa Francesa Bull unidade LATAM, incluindo a harmonização do portfolio local com o portfolio global da empresa.